Existem tantas histórias que sondam espelhos que acho que
seria legal esclarecê-las. Bem primeiramente vamos a clássica “7 anos de azar”.
Todo mundo repete isso mas poucos sabem o porque. É hábito associar a imagem do
espelho a uma versão do original e se você
danificar essa versão de alguma forma estará se danificando a alma, não tão
antigamente associava-se imagem à alma, sua imagem é a sua alma, até onde
pesquisamos isso é uma crença de povos primatas que perdurou até o início de
nosso século! Algumas pessoas tinham pavor de tirar foto pois achavam que
aprisionava a alma naquela imagem! Por exemplo, porque o vampiro não tem
reflexo no espelho, segundo a lenda? Por que ele não tem alma, e com o tempo o
reflexo de suas vítimas vai se exaurindo também, sua imagem vai ficando
translúcida, pois o sangue vai escoando e com ele a alma vai embora.
Acreditava-se até mesmo uma pequena perturbação no espelho pode desequilibrar a
relação entre corpo e alma.O longo período de 7 anos se
justifica na crença de que a cada 7 anos o corpo se renovava inteirinho,
inclusive sua imagem. Mas se você quebrou o espelho nem tudo está perdido! Para
acabar com o infortúnio lave os cacos em um rio que siga para o sul e lavará
junto a má sorte ali deixada, ou você poderá enterrar na terra e se livrar do
mal potencializado. Não tem rio perto de você? Também não tem terra? Então tire
o espelho de casa e não se olhe nele de forma alguma, mas francamente...nem
terra? Quem viveu com avós ou bisavós do começo do século já observou que os
espelhos eram cobertos durante as tempestades pois acreditava-se que os
espelhos atraiam raios. Os espelhos dos quartos também eram cobertos pois de
alguma forma sua alma poderia ficar presa no espelho e ninguém quer dormir
longe da sua alma, ela deveria ir para a cama com você. Outro hábito antigo é o
de cobrir os espelhos da casa de alguém que morreu, pois a alma do finado
poderia levar a alma de algum vivente da casa junto com ele em sua jornada.
Vamos colocar o pé em nossos dias. Dizem que ficar lado a lado com uma pessoa
de energia negativa frente a um espelho é perturbador. Verdade! Pesquisas
mostram que tensão é energia negativa e o espelho reflete uniformemente,
tornando a incidência sobre você muito maior, portanto se você estivar relaxado
não fique junto com outra pessoa na frente do espelho e se estiver tenso não
prejudique os outros.
O Poder dos Espelhos
Espelho, espelho meu,
Sai do espaço profundo
E vem dizer se há no mundo
Mulher mais bela do que eu...
(Fala da Madrasta no conto "A Branca de Neve")
Sai do espaço profundo
E vem dizer se há no mundo
Mulher mais bela do que eu...
(Fala da Madrasta no conto "A Branca de Neve")
Na cena clássica da ora citada, a madrasta, como
sempre a pessoa má que substitui a mãe, figura que a Igreja deturpou na Idade
Média, para evitar a aceitação do rompimento dos casamento dos casamentos mal
realizados e os de conveniência tão comuns na época e hoje em dia, era uma
feiticeira que pede conselhos ao espelho, o qual desempenha seu papel de
consciência representante da sabedoria interior e intermediário entre o
presente, o passado e o futuro, e conselheiro das soluções dos problemas. A
madrasta é a representação das pessoas independentes, inteligentes, e alcançam
seus objetivos, e o que não aceita as histórias falsas das criadas que vão se
casar com príncipes, por isso a Igreja criou este estigma sobre as pessoas que
trazem a razão da realidade sobre o povo que crê em dar pouco e receber muito,
ou nada fazer e tudo receber. E nós buscamos esclarecer e restabelecer o Plano
que os Mestres Druidas conhecem e servem, vemos que deturparam uma história e
mostram uma falsa realidade e solução de problemas sociais com fadas madrinhas
adulteradas que dão sapatinhos de cristal, que é uma analogia aos espelhos
mágicos, para os príncipes encantados as reconheçam, mas não e o que a
realidade mostra, pois espelhos mágicos foram quebrados e escondidos, os
"príncipes encantados" estão pobres, as cinderelas abandonadas, e os
espelhos estão calados, como por acaso, no espelho mágico da madrasta da Branca
de Neve, que também foi calado.
O Espelho Mágico
A palavra espelho vem do latim SPECULUM, e deu nome
à "especulação", que originalmente, significava observando as
estrelas através do "espelho". E da palavra "estela"
(SIDUS), vem consideração, que etmologicamente significa olhar o conjunto de
estrelas. E essas duas palavras abstratas, que hoje representam operações
intelectuais, nasceram do estudo dos astros refletidos no espelho. O que
reflete o espelho? A verdade, a sinceridade, e o conteúdo do coração e da
consciência.
No panteão indo-budista, o deus YAMA, senhor do
reino dos mortos, que julga as almas através de seu espelho do Karma, pois não
há como esconder nada do reflexo do espelho. Segundo as lendas contadas nos
livros druidas, os espelhos mágicos são símbolos lunares e femininos, símbolo
da realeza, e representa a união conjugal e o espelho partido a separação.
Sendo o número oito sagrado para os druidas, usava-se um espelho octogonal nas
casas para poder reconhecer e afastar o mal. Este tipo de espelho é
intermediário entre o modelo redondo (celeste) e o quadrado (terrestre). O
reflexo do homem não lhe é dado apenas pelo bronze polido ou água adormecida,
segundo o Arquidruida SELGEN: -"o homem se utiliza do bronze como espelho.
O homem se utiliza da antiguidade como espelho. O homem utiliza o próprio homem
como espelho."
O uso do espelho para adivinhação remonta à PÉRSIA.
E, PITÁGORAS, segundo a lenda, tinha um espelho mágico dado pelos druidas, que
ele apresentava à face de uma determinada LUA, antes de ver nele o futuro, como
faziam as druidas e as feiticeiras da TESSÁLIA, e seu emprego é o inverso da
necromancia, simples evocação dos mortos, porque ele faz aparecer homens que
ainda não existem ou que desempenham uma ação qualquer que, na verdade, só
executarão mais tarde.
Nas "escolas druidas" haviam o espelho de
grau, no qual o aprendiz via seu reflexo e nele mostrava a forma física, e só
passava após o reflexo bem claro, este era o espelho de bronze, no grau dois,
ao olhar via o reflexo de sua alma, e muitas vezes se assustavam com a essência
de seu interior que refletia o horrendo, e trabalhava até que o reflexo da alma
fosse claro, e este era o espelho de água. No grau três, o iniciado busca não
ter reflexo no espelho, é o de cristal.
Para quem quer possuir seu espelho mágico, que é
pessoal e intransferível, que é como sua senha bancária, ninguém pode saber e
usar, a não ser seu professor, deve tomar os seguintes cuidados e dicas:
1 - Procure uma pessoa que conheça o assunto, pois
você não estará revelando somente segredos físicos e astrais;
2 - Faça você o espelho com uma face virgem, e a
moldura de sua escolha, terrestre, celeste, etc...
3 - Em quarto escuro sob a luz de uma vela na cor
azul índigo, e seu reflexo deve ser o primeiro;
4 - Espelhos de previsão devem ser guardados
envoltos no linho branco e em uma caixa negra;
5 - Estes procedimentos são práticas e requerem
maiores detalhes, mas lembrem-se que a família imperial japonesa guarda o seu
espelho sagrado em um santuário especial, o qual é vedada a presença de não
membros da família real.
Estes ensinamentos e referências têm o propósito de
orientar e esclarecer dúvidas daqueles que estão no Caminho e buscam maiores
fontes para completar seus trabalhos iniciáticos, mas que alcançaram este
conhecimento através de trabalho árduo de pesquisa e dedicação à causa maior da
Fraternidade Branca, e não para aqueles que se auto-iniciam, e que sabem muito
pouco o muito que têm que saber, e orientam mal e perigosamente àqueles que
buscam a luz e caminho real, poucos conhecem que o único reflexo, neste objeto
de tamanha importância de auto conhecimento até agora despercebido, era o da
personalidade e não da alma, e muito poucas pessoas estão prontas para verem o
reflexo da alma, muito menos para ajudarem a outros verem...
Bloody Mary, a maldição do espelho
Em
1978, o especialista em folclores, Janet Langlois, publicou nos Estados Unidos
uma lenda que até hoje
aterroriza os jovens do mundo inteiro, principalmente da
América. Trata-se de Bloody Mary, conhecida também como A Bruxa do Espelho, um
espírito vingativo que surge quando uma jovem, envolta em seu cobertor,
sussurra, à meia-noite, iluminado por velas. diante do espelho do banheiro, 13
vezes as palavras Bloody Mary. Segundo a lenda, o espírito de uma mulher
cadavérica surge refletido no espelho e mata de forma sangrenta e violenta as
pessoas que estão no banheiro.
Há quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás por praticar as artes negras, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa garota que, após um terrível acidente de carro, teve seu rosto completamente desfigurado. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma ao diabo pela chance de se vingar dos jovens que cultivam a aparência.
Muitos confundem a lenda da bruxa do espelho com a história da Rainha Maria Tudor (Greenwich 1516 -- Londres 1558), filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão. Tendo se tornado rainha em 1553, esforçou-se para restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Suas perseguições contra os protestantes valeram-lhe o cognome “Maria, a Sanguinária” (Bloody Mary). Em 1554, desposou Filipe II da Espanha. Essa união, que indignou a opinião pública inglesa, ocasionou uma guerra desastrosa com a França, que levou à perda de Calais (1558). Dizem que a Rainha, para manter a beleza, tomava banho com sangue de jovens garotas, mas é um fato não confirmado em sua biografia.
No princípio da década de 70, muitos jovens tentaram realizar o ritual pois era comum nas casas suburbanas a presença de longos espelhos nos banheiros sem janelas (pouca iluminação). Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a “mórbida brincadeira”, levou um tompo (é o que os familiares dizem), quebrou a bacia e foi encontrada em estado de coma. A jovem ainda vive nos EUA, mas sua identidade é um sigilo absoluto.
Há quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás por praticar as artes negras, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa garota que, após um terrível acidente de carro, teve seu rosto completamente desfigurado. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma ao diabo pela chance de se vingar dos jovens que cultivam a aparência.
Muitos confundem a lenda da bruxa do espelho com a história da Rainha Maria Tudor (Greenwich 1516 -- Londres 1558), filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão. Tendo se tornado rainha em 1553, esforçou-se para restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Suas perseguições contra os protestantes valeram-lhe o cognome “Maria, a Sanguinária” (Bloody Mary). Em 1554, desposou Filipe II da Espanha. Essa união, que indignou a opinião pública inglesa, ocasionou uma guerra desastrosa com a França, que levou à perda de Calais (1558). Dizem que a Rainha, para manter a beleza, tomava banho com sangue de jovens garotas, mas é um fato não confirmado em sua biografia.
No princípio da década de 70, muitos jovens tentaram realizar o ritual pois era comum nas casas suburbanas a presença de longos espelhos nos banheiros sem janelas (pouca iluminação). Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a “mórbida brincadeira”, levou um tompo (é o que os familiares dizem), quebrou a bacia e foi encontrada em estado de coma. A jovem ainda vive nos EUA, mas sua identidade é um sigilo absoluto.
Por
que ainda hoje as crianças racionais continuam a chamar pela Bloody Mary,
arriscando a vida diante de uma possível tragédia?
O escritor Gail de Vos traz uma explicação: “As crianças com idade entre 9 e 12 anos vivem numa fase que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson. Este é o período em que as crianças precisam satisfazer seus desejos por aventura, arriscando-se em rituais, jogos e em brincadeiras no escuro. Eles estão constantemente procurando um modo seguro de extrair prazer e desafiar seus medos.”
O escritor Gail de Vos traz uma explicação: “As crianças com idade entre 9 e 12 anos vivem numa fase que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson. Este é o período em que as crianças precisam satisfazer seus desejos por aventura, arriscando-se em rituais, jogos e em brincadeiras no escuro. Eles estão constantemente procurando um modo seguro de extrair prazer e desafiar seus medos.”
È
possível que essas crenças em bruxas do espelho tenham a sua origem nos velhos
tempos, através das simpatias envolvendo jovens solteiras e futuros maridos. Há
muitas variações desses rituais em que as jovens solteiras cantavam rimas
diante dos espelhos e olhavam de súbito pois seria possível ver o semblante do
homem com quem vão casar.
Já o conceito de espelhos como o portal entre o mundo da realidade e o sobrenatural também veio de épocas remotas. Antigamente, era comum cobrir os espelhos de uma casa em que uma morte tenha acontecido até o corpo ser levado para o enterro. Dizem que se por relance o corpo passar diante de algum espelho, o morto permaneceria na casa, pois o espelho pegaria o espírito dele.
Já o conceito de espelhos como o portal entre o mundo da realidade e o sobrenatural também veio de épocas remotas. Antigamente, era comum cobrir os espelhos de uma casa em que uma morte tenha acontecido até o corpo ser levado para o enterro. Dizem que se por relance o corpo passar diante de algum espelho, o morto permaneceria na casa, pois o espelho pegaria o espírito dele.